sábado, 30 de maio de 2009

Quando chegar a hora de partir

— Você compreende, não é, mamãe, que eu não posso gostar de você deste mesmo modo a vida inteira.




"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer."
(Clarice Lispector)

4 comentários:

  1. ééé.. é foda. mas da minha mãe eu vou gostar a vida toda, não do mesmo modo.. mas sim mais e mais :D
    eu amo esse texto da Clarice também. aff, vou cansar de repetir isso aqui né, vocês pelo visto só postam meus favoritos.
    Obriigada pelo comentário dos dois lá no meu blog, linkei lá! aí sempre venho aquii!!

    beeeijoos;*

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  2. Que prazer me deu ao abrir seu blog, e encontrar Clarice... Amo!
    É como se eu fosse ela, e as palavras dela fossem minhas.

    Adorei o blog de vcs, e tomei a liberdade de linká-los. Estarei sempre por aki. Será um prazer recebê-los em meu blog tb.

    Beijos!

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  3. Realemente, nada melhor que o amor espontâneo, incurável e involuntário. Nada melhor que essa coisa natural que nasce sem semente e germina sem permissão em nosso coração.

    Parabéns pelo blog, to sempre bebendo das palavras da Clarice por aqui =]
    muito bom!

    abração Thati e Rodolpho (apesar de ainda não o conhecer haha)

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É para você que escrevo, é para você.