domingo, 4 de outubro de 2009

Em carta a Guido Battelli, diz Florbela Espanca:

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades... sei lá de quê!"


" Depois que vivo é que sei que vivi. Na hora o viver me escapa. Sou uma lembrança de mim mesma. Só depois de "morrer" é que vejo que vivi. Eu me escapo de mim mesma. Às vezes eu me apresso em acabar um episódio íntimo de vida, para poder captá-lo em recordações, e para, mais do que ter vivido, viver. Um viver que já se foi. Deglutido por mim e fazendo agora parte do meu sangue."
Clarice Lispector

4 comentários:

  1. Parece até uma compreensão recíproca: sei do que falam e sentem. Não estou bem onde estou. E como se essa sensação já não bastasse, existe ainda a desorientação: pra que lado se vai?

    Neste momento admito ter medo. A vida me escorre pelas mãos e não sei o que faço dela, nem do fluxo constante de seu desperdício.

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  2. Rodolpho devo dizer que estou me apaixanando cada vez mais por este blog!
    Você junta em um mesmo post duas mulhres de épocas diferentes,mas amaram demais e com uma força sem tamanho!
    Pena Florbella não ser tão conhecida!


    Parabéns,parabéns,parabéns...

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  3. Olá Rodolpho,
    obrigada pela visita e pelo comentario que deixou.
    Volte mais vzs sim.
    Gosto muitíssimo de Clarice Lispector...seu blog é lindo!
    Boa semana pra vc...bjs

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  4. O blog esta maravilhoso, caprichadão!
    ANDERSON ALKIMIM
    andyalk@yahoo.com.br

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É para você que escrevo, é para você.