sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Trecho de entrevista


Ana C.

Ao produzir literatura, eu não faço rasgos de verdade, eu tenho uma opção pela construção, ou melhor, não consigo transmitir para você uma verdade acerca da minha subjetividade. É uma possibilidade até. Já que é uma possibilidade, eu opto pelo literário e essa opção tem que ter uma certa alegria. Ela é engraçada. Não é uma perda como parece. Ela tem uma renúncia inicial, mas, no final, não é uma perda não. A gente tem que falar, a gente tem mais é que falar. Falar nunca é a verdade exatamente, mas a gente tem que falar, falar, falar, falar, falar... para abrir brecha. Se não, a gente angustia muito. Não sei.


Um comentário:

  1. É verdade, temos que falar! Sabe estava pensando sobre isso, porque escrever, se ninguém se importa. Nem quero saber, só sei que me sinto mais livre quando finjo que escrevo. Dei uma arrumada no meu blog, ta mais gay agora hahaha, mas ainda não me identifiquei com nenhuma imagem para usar nele.
    Bjs =*

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É para você que escrevo, é para você.