"Na primeira noite, ele sonhou que o navio começara a afundar. As pessoas corriam desorientadas de um lado para o outro no tombadilho, sem lhe dar atenção. Finalmente conseguiu segurar o braço de um marinheiro e disse que não sabia nadar. O marinheiro olhou bem para ele antes de responder, sacudindo os ombros: "Ou você aprende ou morre." Acordou quando a água chegava a seus tornozelos.
Na segunda noite, ele sonhou que o navio continuava afundando. As pessoas corriam de outro para um lado, e depois o braço, e depois o olhar, o marinheiro repetindo que ou ele aprendia a nadar ou morria. Quando a água alcançava quase a sua cintura, ele pensou que talvez pudesse aprender a nadar. Mas acordou antes de descobrir.
Na terceira noite, o navio afundou.
(Caio Fernando Abreu - Pedras de Calcutá)
"O Céu tão azul lá fora, e aquele mal-estar aqui dentro."
Nossa, meu Deus. Que trágico, e ao mesmo tempo interessante. Encarei esse post de outra forma, e bom de acordo com os meus sonhos, não me agradou nada.
ResponderExcluir" O Céu tão azul lá fora, e aquele mal-estar aqui dentro. " Cansei de me sentir assim. É uma velha sensação incomoda.
Obrigado pelo comentário. Eu adoro, particularmente os seus.
Beijão e bom final de semana pra você também!
A vida é assim... pra sobreviver, é preciso aprender... muitas vezes, aprender a nadar contra a correnteza... literalmente!
ResponderExcluirBoa semana pra ti!
Beijos!